“Sempre há resistência quando a ciência avança.“
— Mayana Zatz, na Revista Galileu • Editora Globo
Mayana Zatz (Tel Aviv, 16 de julho de 1947) é uma bióloga molecular e geneticista brasileira, Diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano e células-tronco e INCT sobre envelhecimento: doenças genéticas, genômica e metagenômica.
Pesquisadora em genética humana, com contribuições principalmente no campo de doenças neuromusculares (distrofias musculares, paraplegias espásticas, esclerose lateral amiotrófica) em que é pioneira, atualmente seu laboratório do Genoma Humano da USP também realiza relevantes pesquisas no campo de células-tronco.
Professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Até julho de 2021, publicou 377 trabalhos científicos. E mais de 250 artigos científicos para leigos quando era colunista da revista VEJA. Exerceu o cargo de pró-reitora de pesquisa da USP de 2005 a 2009.
Devido ao tratamento precário de doenças musculares no Brasil, ao retornar ao país, Mayana fundou em 1981 a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, que trata afetados por distrofias musculares, [4] e onde ainda é diretora presidente.[5]
CAPA da CITAÇÃO do DIA
Desde a infância interessou-se por biologia.
Em São Paulo, cursou biologia pela Universidade de São Paulo, onde estagiou com o Oswaldo Frota Pessoa, tendo primeiro contato com genética humana.
Formou-se em 1968, e já no ano seguinte iniciou um trabalho de aconselhamento genético de famílias portadoras de doenças neuromusculares.
“Muito triste ver mais um corte em pesquisas e educação … Inaceitável que se faça novo contingenciamento de verbas para pesquisas. Enquanto isso nossos jovens cientistas deixando o pais para poder fazer pesquisas nos países desenvolvidos. É de chorar …“
— Mayana Zatz, no Twitter
Ainda pela USP, tornou-se mestre em genética em 1970 (com dissertação sobre distrofias musculares progressivas) e doutora em genética em 1974 (expandindo o trabalho de mestrado),[2] ambos também sendo orientada por Frota Pessoa.
“Imaginem se jornalistas tivessem que pagar altos preços para publicar suas notícias? É o que está acontecendo com a divulgação científica.“
— Mayana Zatz, no Twitter
Entre 1975 e 1977 nos Estados Unidos, Mayana fez pós-doutorado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles sob orientação de Michael M. Kaback e David Campion.[3]
Em 1995 tornou-se pioneira ao localizar um dos genes ligados a um tipo de distrofia dos membros, junto com Maria Rita Passos-Bueno e Eloísa de Sá Moreira. Juntas, também foram responsáveis pelo mapeamento do gene responsável pela síndrome de Knobloch.
Em 1996 ingressou na Academia Brasileira de Ciências.[1]
Em agosto de 2000 foi condecorada com a grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.[2] No mesmo ano, recebeu a Medalha de Mérito Científico e Tecnológico do Governo do Estado de São Paulo.
Em 28 de fevereiro de 2001 na cidade de Paris, recebeu o prêmio latino-americano dos Prêmios L’Oréal-UNESCO para mulheres em ciência.[6] No mesmo ano, recebeu o Prêmio Claudia, [7] oferecido pela Revista Claudia.
“Estudo genômico de cães de diferentes raças concluiu que a raça influi pouco no comportamento do cão.“
— Mayana Zatz, no Twitter
Em 2006 foi a Personalidade do Ano da Ciência segundo a Revista ISTOÉ Gente.[8]
Em 2009, ganhou o Prêmio México de Ciência e Tecnologia 2008.[9] Em setembro do mesmo ano, Mayana ganhou o Prêmio Walter Schmidt, conferido pela empresa Fanem para destacar personalidades que promoveram o desenvolvimento do setor da saúde brasileira
FONTES
