A data homenageia o papel fundamental da maçonaria em um dos momentos mais importantes da história do Brasil: a Proclamação da Independência. Embora cercada de mistérios e simbolismos, a maçonaria é uma sociedade de caráter filosófico, filantrópico e progressista, que busca aprimoramento moral e intelectual.

Seu símbolo mais conhecido — o compasso, o esquadro e a letra “G” — representa princípios fundamentais. O compasso simboliza a reta conduta, o esquadro a moralidade, e a letra “G” pode ser interpretada de diferentes maneiras, como “God” (Deus) ou “Geometria”, em referência ao grande arquiteto do universo e à busca pela ordem.

A escolha da data está diretamente ligada a um evento histórico. Em 20 de agosto de 1822, as lojas maçônicas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade”, do Rio de Janeiro, realizaram uma sessão em que o influente maçom Joaquim Gonçalves Ledo, um jornalista e político liberal de grande destaque, fez um discurso emocionante em defesa da imediata Independência do Brasil.

A proposta de Gonçalves Ledo foi aprovada por unanimidade pelos ‘irmãos’ presentes. Segundo a tradição maçônica, a decisão foi registrada na ata daquele dia, fortalecendo a ideia de que a Proclamação da Independência, que ocorreria menos de um mês depois, foi impulsionada pela mobilização da maçonaria. Acredita-se que essa pressão política e ideológica tenha influenciado diretamente o Príncipe Regente Dom Pedro I a proclamar a Independência em 7 de setembro de 1822. A relevância da data foi oficialmente reconhecida pelo Grande Oriente do Brasil, que, em seu artigo 179 da Constituição, estabeleceu 20 de agosto como o Dia do Maçom Brasileiro.

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