Este feriado no estado de São Paulo celebra a luta dos paulistas pela restauração da ordem constitucional e a redemocratização do país. O ditador Getúlio Vargas havia instalado um Governo Provisório em 1930, suspendendo a Constituição, promovendo a dissolução do Congresso Nacional e das Câmaras Municipais, e governando por decretos-leis. Em resposta a esses eventos e à crescente repressão do governo Vargas, as tropas paulistas iniciaram o levante armado em 9 de julho de 1932.
Com o apoio de setores militares e civis, inclusive de outros estados como Mato Grosso e Rio Grande do Sul, a Revolução Constitucionalista se desenvolveu em intensos combates que duraram cerca de três meses. Apesar da forte mobilização paulista e do apoio popular, as forças federais eram mais numerosas e bem equipadas, levando à rendição das tropas paulistas em 2 de outubro de 1932.
Embora militarmente derrotada, a Revolução Constitucionalista não foi em vão. A pressão exercida pelo movimento foi fundamental para que Getúlio Vargas se visse obrigado a convocar eleições para a Assembleia Nacional Constituinte em 1933, que resultaria na promulgação da Constituição de 1934. Além disso, a Revolução marcou a luta pela redemocratização e pela autonomia dos estados.
Em reconhecimento à importância histórica desse evento, o dia 9 de julho foi instituído como feriado estadual em São Paulo pela Lei nº 9.497, de 5 de março de 1997. A data é um momento de reflexão sobre a história do Brasil, a importância da democracia e o papel do povo na defesa de seus direitos. O Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, é um dos principais monumentos que homenageiam os combatentes e mártires da Revolução Constitucionalista.


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