Data para festejar a diversidade e a existência da comunidade LGBTQIA+, e um momento crucial para relembrar as lutas e as conquistas alcançadas, bem como os desafios que ainda persistem. A escolha dessa data nos remete à madrugada de 28 de junho de 1969, que marcou o início das Rebeliões de Stonewall, uma série de confrontos entre a comunidade LGBTQIAPN+ e a polícia de Nova Iorque. Naquela época, a homossexualidade e a transgeneridade eram consideradas crimes em muitos lugares, e batidas policiais em bares frequentados por pessoas LGBTQIAPN+ eram frequentes e violentas. O Stonewall Inn, um bar gay localizado no bairro de Greenwich Village, era um desses locais.

Naquela noite, a comunidade, cansada da repressão e da violência policial, reagiu. Liderados por figuras como as mulheres trans negras Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, e a lésbica bissexual Stormé DeLarverie, frequentadores do bar e moradores da região resistiram à batida policial. Os confrontos duraram dias e se espalharam pelas ruas, atraindo a atenção da mídia e de ativistas.

As Rebeliões de Stonewall são amplamente consideradas o catalisador para o moderno movimento de libertação gay. O que começou como um ato de resistência espontânea transformou-se em um chamado para a ação e para a organização. Um ano após os eventos, em 28 de junho de 1970, as primeiras marchas do Orgulho foram realizadas em Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, em memória às rebeliões e como forma de reivindicar direitos e visibilidade.

Desde então, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ tem sido uma plataforma para a comunidade e seus aliados marcharem, se manifestarem, celebrarem sua identidade e protestarem contra a discriminação, a violência e a intolerância. O movimento do Orgulho expandiu-se globalmente, com paradas e eventos ocorrendo em cidades ao redor do mundo, reunindo milhões de pessoas. Em Bauru, temos anualmente a Parada da Diversidade desde 2008. As cores do arco-íris, popularizadas pela bandeira criada por Gilbert Baker em 1978, tornaram-se um símbolo universal de diversidade e inclusão.

A sigla LGBT representa um grupo de identidades de gênero e orientações sexuais. É importante notar que essa sigla tem se expandido ao longo do tempo para incluir ainda mais identidades, formando versões como LGBTQIA+ ou LGBTQIAPN+.

Vamos entender o significado de cada letra na sigla original LGBT:

L – Lésbicas
Mulheres que sentem atração afetiva e/ou sexual por outras mulheres.

G – Gays
Homens que sentem atração afetiva e/ou sexual por outros homens. Embora o termo “gay” possa ser usado de forma mais ampla para incluir mulheres lésbicas, geralmente se refere a homens homossexuais.

B – Bissexuais
Pessoas que sentem atração afetiva e/ou sexual por mais de um gênero, ou seja, por homens e mulheres.

T – Transgêneros (ou Trans)
Pessoas cuja identidade de gênero é diferente do sexo atribuído ao nascer. Isso inclui mulheres trans (pessoas atribuídas ao sexo masculino no nascimento, mas que se identificam como mulheres), homens trans (pessoas atribuídas ao sexo feminino no nascimento, mas que se identificam como homens), e também travestis (no contexto brasileiro, uma identidade de gênero feminina que geralmente não busca a redesignação sexual completa, mas se expressa socialmente como mulher). A identidade de gênero não está ligada à orientação sexual; uma pessoa trans pode ser heterossexual, homossexual, bissexual, etc.

A sigla é um esforço para trazer visibilidade e representatividade para essas diversas identidades e orientações, reforçando a importância da aceitação e do respeito para todos.

Existem outras letras que são frequentemente adicionadas para abranger ainda mais a diversidade, como:

Q – Queer ou Questionando: Pessoas que não se encaixam nas categorias de gênero e sexualidade tradicionais, ou que estão em processo de descoberta de sua identidade.

I – Intersexuais: Pessoas que nascem com características sexuais (como genitais, gônadas ou padrões cromossômicos) que não se encaixam estritamente nas definições típicas de masculino ou feminino.

A – Assexuais: Pessoas que não sentem atração sexual por outras pessoas. Podem ter, ou não, atração romântica.

P – Pansexuais: Pessoas que sentem atração afetiva e/ou sexual por outras pessoas, independentemente de seu gênero ou identidade de gênero.

N – Não-binários: Pessoas que não se identificam exclusivamente como homem ou mulher. Sua identidade de gênero pode ser uma combinação de gêneros, nenhum gênero, ou fluida.

+ (Sinal de Mais): Representa todas as outras identidades de gênero e orientações sexuais que não são especificamente listadas na sigla, garantindo que a comunidade seja o mais inclusiva possível.

Essas expansões da sigla mostram como a compreensão da diversidade humana está sempre evoluindo e buscando ser mais abrangente.

RESUMO 🔎 L – Lésbicas 🔎 G – Gays 🔎 B – Bissexuais 🔎 T – Transgêneros 🔎 Q – Queer ou Questionando 🔎 I – Intersexuais 🔎 A – Assexuais 🔎 P – Pansexuais 🔎 N – Não-binários 🔎 + outras identidades de gênero e orientações sexuais

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