Os oceanos são muito mais do que vastas extensões de água salgada, que cobrem mais de 70% da superfície terrestre. Eles são os “pulmões” do planeta, produzindo grande parte do oxigênio que respiramos através de fitoplânctons microscópicos. Regulam o clima global, absorvem dióxido de carbono da atmosfera e são a fonte de alimento e sustento para bilhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, abrigam uma biodiversidade marinha extraordinária, desde as menores criaturas planctônicas até as majestosas baleias.
No entanto, esses ecossistemas vitais estão sob ameaça crescente. A poluição por plástico, o aquecimento global, a acidificação dos oceanos, a sobrepesca e a destruição de habitats costeiros são apenas alguns dos desafios que enfrentam. O Dia Mundial dos Oceanos serve como um lembrete urgente de que a saúde dos oceanos está intrinsecamente ligada à nossa própria sobrevivência e bem-estar.
A ideia de um “Dia Mundial dos Oceanos” surgiu pela primeira vez em 1992, durante a Cúpula da Terra, ou Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), realizada no Rio de Janeiro, Brasil. Naquele evento histórico, que reuniu líderes mundiais e especialistas de todo o globo para discutir questões ambientais urgentes, o Canadá propôs a criação de um dia dedicado aos oceanos. O objetivo era claro: reconhecer o papel fundamental que os oceanos desempenham na manutenção da vida na Terra e promover a gestão sustentável de seus recursos.
Apesar da proposta em 1992, o reconhecimento oficial e global do Dia Mundial dos Oceanos pela Organização das Nações Unidas (ONU) levou alguns anos para ser concretizado. Foi somente em 2008 que a Assembleia Geral da ONU designou formalmente o dia 8 de junho como o Dia Mundial dos Oceanos, através da Resolução 63/111. Essa decisão marcou um passo significativo, elevando a data a um patamar internacional e incentivando ações coordenadas em todo o mundo. Hoje também é celebrado o Dia do Oceanógrafo.


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